quarta-feira, maio 27, 2015

Motivação para escrever em um blog

Estava na Faculdade de Comunicação para me tornar jornalista com pretensão de escrever em jornais/revistas.  Obviamente, um pouco mais de dez anos depois o futuro não saiu como programado. Não que foi ruim, só diferente! Então, durante a Faculdade,  eu abri este blog. Basta passear um pouco nele para perceber que ele está desatualizado!

A ideia inicial era bastante primária. Escrever histórias ... principalmente de pessoas. Ao longo do processo, ao me distanciar da reportagem e me enveredar pela comunicação corporativa,  também escrevi sobre música e cinema. E também sobre o nada já que ultimamente estava parado.

Então... a idéia permanece... posso escrever sobre tudo.. e espero que deixe de escrever sobre o nada. Música, cinema e séries são meus hobbys favoritos além de não fugir da realidade da comunicação corporativa, marketing dígital e jornalismo. Talvez vocês possam conferir a partir de agora ... Boa noite!

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Pop perde espaço no Grammy 2013

E não é que a categoria que sempre teve destaque no Grammy perdeu espaço. Nenhuma das estrelas do show bizz  emplacou seus novos álbuns como Beyoncé, Madonna, Rihanna e Lady Gaga. A exceção fica com Pink (The Truth About Love) e Kelly Clarkson (Stronger), mas que não deve tirar a premiação de melhor álbum pop do favorito Fun (Some Nights). Ainda concorrem as bandas Maroon 5 (Overexposed) e Florence and The Machine (The Cerimonials).

Queridinha dos americanos, e vinda do primeiro American Idol, Kelly Clarkson deve vencer com o hit Stronger (What Doesn´t Kill You), em melhor performance pop solo, e deve bater com certa facilidade as concorrentes Adele (Set Fire on the Rain, live Albert Hall), Katy Perry (Wide Awake), Carly Rae Japsen (Call me Maybe) e Rihanna (Where Have you Been). É a única destas canções que concorre na categoria geral.

Fun vem forte para levar como melhor performance de um grupo ou dupla, com We are Young, que tem a participação da excelente Janelle Monee, mas podem ser surpreendidos por Gotye, com Somebody That I Used to Know, que divide os vocais com Kimbra. As duas canções ganharam bastante repercussão e carimbaram espaço durante algumas semanas entre os top 40 da Billboard. Florence and The Machine vem por fora com a belíssima Shake it Out (deveria ser indicada como canção do ano), e correndo por fora, Maroon 5, com Payphone.
 

Opine e veja a lista completa da categoria pop. http://www.grammy.com/nominees?genre=24





domingo, dezembro 09, 2012

"Antes de Partir" reflete a vida, escolhas e encontros


Pensar sobre a morte é avaliar o tempo. De forma antagônica, morte está relacionada ä vida, escolhas e encontros. Este é o foco do filme “Antes de Partir” (2007), que reuniu os astros Morgan Freeman e Jack Nicholson, para narrar o improvável encontro entre Carter Chambers (Freeman), casado e que trabalha há 46 anos como mecânico, e Edward Cole (Nicholson), um rico empresário dono de uma grande rede de hospitais.

Esta aí a primeira grande sacada do filme, ao promover o improvável encontro de duas pessoas com vidas opostas. Eles acabam dividindo um quarto de hospital para o tratamento de câncer em estágio terminal. Chambers é negro, pobre, e precisou abandonar a universidade para sustentar a família cuja esposa foi a única mulher em toda a vida. Já Cole é branco, rico, um “bon vivant” que desfrutou o melhor que o dinheiro poderia oferecer, casado várias vezes e com um difícil relacionamento com a sua única filha.

Estas diferenças vão todas embora quando eles passam a dividir o mesmo quarto de hospital e juntos descobrem que o câncer está em estágio terminal. Ao dividir dores e sofrimentos, eles decidem fazer uma lista com coisas que gostariam de fazer antes de partir. 

O dinheiro de Cole vai proporcionar muitos desejos para Chambers, o que nos traz as partes mais engraçados do filme com o pulo de paraquedas, e as viagens os lugares que ambos gostariam de conhecer. E a sobriedade de Chambers reconduzir Cole a repensar o relacionamento com a sua família.

Ponto,obviamente, importante foi a escalação de Morgan Freeman e Jack Nicholson, que perpassam äs telas o sentimento de amizade, e como ajudaram a salvar um ao outro no momento terminal da vida.

Impossível não se identificar com os personagens, por serem aqueles que carregam as dúvidas do caminho trilhado pelas nossas próprias vidas. Seguir sempre os nossos desejos e vontades, ou nos reprimir e em muitas vezes fazer o que é certo?

O final , no entanto, nos traz uma mensagem bastante previsível. Não é dinheiro, mas sim o comprometimento e os valores demonstrados por Chambers, que leva à felicidade.

Mais do que esta mensagem final, o filme abrange uma reflexão bem maior. São os encontros e as escolhas que determinam como desfrutamos e aproveitamos a vida. E ela, sem dúvida, cobra com juros e correção, por cada uma destas escolhas.

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Indicações ao Grammy 2013 mostra diversificação entre estilos musicais

  É sempre interessante e dificil tentar classificar os melhores do ano. Na última quarta-feira,12, o concerto para a indicação do Grammy revelou a dificuldade em um ano não tão óbvio em relação aos lançamentos da indústria. Não houve nenhum fenômeno indicado ao Grammy, como aconteceu este ano, com Adele, que levou cinco gramofones nas principais categorias (álbum, gravação e canção do ano, performance e album pop).

Há, sim, a consolidação de artistas como The Black Keys, The Mumford and Sons, Jay Z, Kanye West, Dan Auerback, que lideram com seis indicações cada. E a abertura de espaço para novos talentos como Fun e Frank Ocean, com seis indicações cada. Esta edição deve reconhecer o talento de Kelly Clarkson, impulsionada pelo hit Stronger. A surpresa entre os indicados é Carly Rae Japsen, com a grudenta Call me Maybe.

Diante da diversificação de estilos e cantores que pulverizaram todas as categorias, fica muito difícil prever os vencedores da categorias do Grammy 2013.Por álbum do ano concorrem Black Keys (El Camino), Fun (Some Nights), Mumford and Sons (Babel), Frank Ocean (Channel Orange) e Jack White (Blunderbuss). Desta lista, Fun e Frank Ocean são os preferidos para levarem como revelação, ao concorrerem com Alabama Shakes, Hunter Hayes e The Luminers.


Concorrem nas categorias gravação e canção do ano, We Are Young (Fun) e Stronger (Kelly Clarkson) são as únicas indicadas às duas categorias, e podem ser consideradas fortes concorrentes. Completam a lista da gravação do ano, Lonely Boy (Bçack Keys), Somebody That I Used to Know (Gotye e Kimbra), Thinkin About you (Frank Ocean) e We are never getting back together (Taylor Swift). E como música do ano , seguem The A Team (Ed Sheeran), Adorn (Miguel Pimentel) e a surpresa das indicações Call Me Maybe (Carly Rae Japsen).Vamos às apostas? Abaixo o link com todos os indicados ao Grammy 2013

Veja lista no site do Grammy: http://www.grammy.com/nominees?genre=All


terça-feira, dezembro 04, 2012

Amy Winehouse e a música da alma


Em muitas vezes não é uma data , mas sim um acontecimento, que nos força uma lembrança. Ao assistir o documentário musical ‘Amy Winehouse: The Day She Came to Dingle’ , vem a tristeza pela morte da cantora. Ao mesmo tempo, a certeza de que existem aqueles “afortunados” que não precisaram de toda uma vida para marcar o nome na história.


Depois do álbum “Back to Black” , a contribuição de Amy à música já estava feita. E nem precisava dos Grammys ou de qualquer outro tipo de homenagem, mesmo as que acontecem depois da sua morte. O álbum é uma obra prima, que mostra uma voz rouca e um swing da soul dos anos 60 com uma mistura de jazz e uma pitada de rock e R&B. E com letras que nos fazem ir ao mais profundo de uma alma atormentada pela tristeza e solidão revelada pelas relações amorosas.

Vale muito a pena assistir o documentário musical sobre a presença de Amy Winehouse no festival de Dingle pois mostra a sua relação com a música e a sua arte, e as principais influências. Para quem gosta de música, ela será sempre lembrada como a entusiástica cantora que alentou a música de uma “Rehab”, nos fez apaixonar por “Valerie”, chorar junto com “Tears dry on their own” para finalmente entender que “Love is a losing game”. E ao assistir o documentário, nos faz lembrar o que importa: que música é arte e deve ser respeitada e entoada pela alma. 


Trailer do documentário:
http://www.youtube.com/watch?v=2EKCp8_qlf0&feature=player_embedded#!  

segunda-feira, dezembro 03, 2012

"Um Dia" - Encontros e desencontros de uma alma gêmea

 A certeza insensata de que está nos reservado um grande amor ou uma alma gêmea é a linha mestra do filme “Um Dia”. E se não estivermos preparados para receber este grande amor? Esta pergunta perpassa a obra, baseada no romance homônimo de David Nicholls. 

O casal Emma e Dexter se conhecem depois de um encontro da festa de formatura em 1998. Deste encontro surge uma grande paixão e amizade, que por causa de uma série de fatores - dentre eles falta de comunicação, perspectivas diferentes e inseguranças – não deslancha para um relacionamento na lógica clássica com flerte, namoro, casamento e filhos.

Lançado há um ano, “Um Dia” tem uma narrativa diferente, ao mostrar o casal sempre no dia 15 de julho durante os próximos 20 anos que levaram para acertar os ponteiros. Ponto para a escolha do casal Anne Hathaway e Jim Sturgess, que apesar da química, por causa das idas e vindas, não podem explorar tanto este lado. O final devastador, e não exatamente feliz (muito próximo à “Cidade dos Anjos”), é o apice de uma narrativa entrecortada mas sem muitos picos de emoção.

“Um Dia” se enquadra como um drama que inquieta e nos faz refletir sobre as nossas próprias vidas. Afinal, a procura pela parceria de uma vida, que eleve, transforme e complete, é algo ainda presente no imaginário coletivo. “Um Dia”, por meio de Emma e Dexter, mostra que isto é possível, mas evidencia também as dificuldades e os medos que devem ser superados para viver um grande amor.


Veja outras críticas
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-178903/criticas-adorocinema/
http://omelete.uol.com.br/cinema/um-dia-critica/
http://www.cinemacomcritica.com.br/2011/12/um-dia.html  

terça-feira, novembro 20, 2012

Ser diferente incomoda

Tento entrelaçar dois laços que a primeira vista não se relacionam. O primeiro vem da data que lembra a Consciência Negra, comemorado hoje (20 de novembro) em todo o Brasil. O segundo é do assassinato com motivação homofóbica do jornalista goiano em uma praia próximo à capital Recife, em Pernambuco, no último fim de semana. Embora sejam diferentes em seu cerne - a raça e a orientação sexual - um componente parece vir à tona quando tratamos destes dois temas: o preconceito ao diferente!

Onde diz que as pessoas precisam vir iguais como em uma produção em série como produtos capitalistas com rótulos e manuais. A tendência à padronização nos leva a criticar o diferente. Sabe por quê?! O diferente é estranho. Não é identificável. O capitalismo não consegue encaixar pessoas assim em um grupo e tornar estes gostos rentáveis. O próprio sistema monta uma série de níveis hierarquizados onde precisamos nos encaixar ou nos ajustar.

E o drama de quem não consegue ou não se identifica com os padrões estabelecidos? Passo a largo dos dramas psicológicos e pessoais, por causa da dificuldade de medir, mas  analiso e recrimino qualquer atitude de quem esteriotipa e agride verbal ou físicamente para calar o diferente. E o pior, calar o diferente em sua essência, como no gênero, raça, cor e orientação sexual. Não é algo que se muda tão fácil quanto se compra um novo sapato e joga o antigo no lixo.

Zumbi dos Palmares levou os negros à uma libertação física, mas os negros lutam até hoje para competir com igualdade no mercado de trabalho, para assumir o cabelo e a própria identificação como afrodescente. Já o assassinato de Lucas Fortuna, que sempre lutou nos bastidores pela igualdade e contra o preconceito, como comprova os seus trabalhos na fundação da Colcha de Retalhos e como diretor de instituições ligadas à criminalização da homofobia. Lutar contra o padrão pré-estabelecido é difícil. Mais ainda é lutar pela liberdade de ser o que quiser e o que se pode ser.  

Só espero que no futuro não precisemos mais de dias específicos para valorizar o diferente, tampouco precisar velar por aqueles que lutam pela possibilidade de ser diferente. Até porque, ser diferente incomoda não é, que o digam Zumbi dos Palmares e Lucas Fortuna.